sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sentada no meu canto





Sofia estava a beber um sumo, num café não habitual, para não ser vista através dos clientes e conhecidos restaurantes de luxo frequentes. Andava sempre de óculos escuros e mudava constantemente a cor do cabelo para passar despercebida. Sabia que estava metida num inferno de horários, agendas e visitas a hotéis. Sentia a ideia de ser livre que constantemente lhe pairava pela cabeça. O telemóvel não lhe dava descanço e o medo de cada visita era cada vez maior. Temia que algo um dia corresse mal e que acabasse no meio da rua sem nada. A ideia de ter dinheiro fácil era cada vez maior, mas custava-lhe muito. Não sabia como é que alguém era capaz de fazer tal coisa com gosto ou amor á profissão. Estaria ela a pensar em sair dali e ir para Amesterdão? Só sentia insegurança á sua volta. Saiu daquele café, pois estas ideias tomavam posse de si própria fazendo com que nem conseguisse ler um jornal descanssada. Pois lembrára-se de que começou por estar sozinha e sem apoio de ninguem a nivel monetário, era ambiciosa e queria viver numa casa só sua custe o que custasse. Tinha de estar sempre impecável, maquinhada, de sapatos altos umas calças ou uma saia muito chique e uma blusa decotada. Perfumava-se sempre pelo corpo todo, nem aqueles longos cabelos ruivos escapavam do cheiro intenso. Os brincos eram sempre muito espanpanantes e finos. A sua altura dava-lhe a elegâcia e o carisma de ser dona de si própia. O seu ventre era liso devido ao resultado de dias de ginásio. O seu peito era doce e eterno, não muito grande, nem muito pequeno. Queria aumentar o peito, mas todos os seus clientes gostavam dela assim. Nunca tinha sido tão elogiada na sua vida como os seus clientes lhe faziam. Sentia-se bem por isso, mas ao mesmo tempo presa a um passado a um presente e possivelmente a um futuro. Queria sair daquele mundo, mas não sabia quando nem como fazê-lo. Pois sempre pensou um dia constituir familia e ter filhos.




No seu quarto chorava sozinha, pois pensava que se um dia constitui-se familia iria sempre ser reconhecida na rua pelos seus clientes. Como iria ela suportar tudo isto. Como iria lidar com toda aquela situação?




Parecia que tinha deitado a vida a perder. Estava a abusar de si própria e do seu corpo para obter um bem material. Sempre soube que as suas ambições exigeriam cada vez mais de si própria.















Tinha de se arranjar, já se fazia tarde. Sofia chega a casa, toma um banho de emersão bem quente com sal, lava o seu longo cabelo ruivo, tenta descobrir no roupeiro uma roupa adequada para a ocasião, maquilha-se suavemente sem carregar muito, calça uma sandália alta a condizer com as unhas dos pés ainda com a tinta fresca de vermelho, umas jeans muito justas para afinar as suas pernas longas e esbeltas, um top preto e vermelho um pouco decotado para deixar a curiosidade sobressair da sua ocasião, coloca uns brincos a imitar os diamantes um colar identico e muda de mala, isto tudo sem esquecer a lingerie sexy de renda com ligas que acabam em laços onde os collans com renda nas suas pontas fazem sobressair a sua beleza natural da pele bronzeada com algumas marcas do sol presente dos dias de grande calor.
O telefone toca, já sabe o que lhe espera, era um dos seus clientes mais prestigiados a colocar-lhe a pergunta se ainda estaria despachada.
- Sim á mesma hora estou ai – disse sofia com uma voz doce e sensual ao mesmo tempo. Tinha medo, aliás sempre que fosse ter com um cliente tinha sempre medo de ser abusada ou maltratada, apesar de saber que a qualquer momento podia se ir embora ou recusar um certo tipo de serviço. Sabia-o sempre mas a ambição de ter algum dinheiro entre muito dinheiro era constante, não queria andar a contar os trocos que tinha no seu banco ou na sua carteira para comprar o que quer que fosse. Pois os seus sonhos eram apontados para um infinito de materialismos.





Entra, o coração bate a toda a hora, mesmo sabendo que vai ter com um cliente habitual sempre sentiu, de todas as vezes que ia ter com um cliente, que era a primeira vez. Entrou no hotel, não necessitava de ir á secretaria do hotel, pois já era conhecida, e já sabiam com quem Sofia ia ter.Dirige-se ao bar para relaxar um pouco antes de entrar no quarto. Manda uma mensagem ao cliente para se dirigir para o bar para tomarem um copo juntos. Sofia sabia que assim que ele fosse ter com ela o relogio começaria a contar, era esperta o suficiente para saber isso e para não ter de aturar uma hora seguida de sexo, por mais optimo ou nojento que fosse, ela queria que os homens se aproximassem dela para conversarem com ela e não simplesmente para uma noite de sexo. Portanto tentava ocupar os seus clientes num bar e conseguir que eles quisessem estar mais de uma hora com ela a fim de lhe pagarem 400 euros por aquelas duas horas.






O cliente chega, aproxima-se dela com um ar de quem a vai, na verdade, comer. Sofia levanta-se da cadeira assim que ele entra cumprimentam-se muito delicadamente como se fosse uma reunião de negocios. Sofia entra novamente em pânico, não sabe o que dizer.
- Bebes alguma coisa? – Pergunta sofia um pouco embaraçada.
- Hoje vou tomar um Licor – Responde o cliente.De fato cinza, gravata escura e uma camisa branca. Pois bem como todos os senhores clientes costumam aparecer.
Sofia durante o café, no qual continha as marcas do gloss na chavená de café, conturcia as penas entre a cadeira como se soubesse o que lhe esperava, de facto até o sabia, mas não o sabia ao ponto dos pormenores. O que é que ele vai querer desta vez?- Pensava sofia – Porque é que me recrutou a mim outra vez? – as suas duvidas precistiam, tinha suores frios e ao mesmo tempo trasnpirava de remorsos. Trocaram olhares, conversas do trabalho do cliente, situações do dia-a-dia até que por fim concordaram ir andando. Levantaram-se ele deu-lhe passagem, entraram dentro daquele elevador fobiótico verde e bege com espelhos atrás, umas luzes muito fortes das quais até daria para ver um poro, a musica classica algo alta para um elevador, no qual lhe metia com os nervos em franja. O sinal toca, ambos saiem, entram no quarto do hotel intorduzindo o cartão para o quarto ficar iluminado. Sofia descontrai, mete a mala no sofá, tira o casaco e vai directamente ao frigorifico buscar qualquer bebida para ambos. O cliente despe-se e vai directamente ter com Sofia pondo a mão por cima da dela onde esta agarrava o copo.